Stella Maira Demartini

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O Terapeuta Ocupacional (T.O) é o profissional da saúde que tem por objetivo favorecer o desempenho ocupacional das pessoas nas mais diversas áreas de sua vida, com o máximo de independência e autonomia possíveis. Quando falamos em independência da pessoa, as principais áreas relacionadas são as Atividades de Vida Diária (escovar os dentes, tomar banho, se alimentar…), as Atividades de Vida Prática (ir ao banco, trabalhar, utilizar transporte público…) e as Relações Interpessoais. Por diversas razões, que podem ser limitações físicas, cognitivas, do ambiente, ou questões emocionais, transtornos de processamento sensorial, entre outras, pode haver dificuldades em desempenhar estas atividades e necessitar do apoio do Terapeuta Ocupacional. As limitações associadas às condições genéticas, às lesões neurológicas, ortopédicas, aos transtornos do desenvolvimento, o T.O trabalhará para maximizar as habilidades que a pessoa já possui, diminuir as dificuldades, e auxiliar na aquisição de novas habilidades, ou confeccionar dispositivos de tecnologia assistiva.

Muitas vezes o Terapeuta Ocupacional é confundido com o Fisioterapeuta. A confusão acontece porque ambas as profissões trabalham com a mobilidade do paciente. O Fisioterapeuta trabalha com recursos físicos, voltados à promoção, prevenção, tratamento e recuperação de pessoas que apresentem alterações do movimento visando o bom funcionamento do corpo, desde as funções básicas de respiração até as funções mais complexas. No entanto, o Terapeuta ocupacional trabalha com atividades humanas, planeja e organiza o cotidiano, possibilitando assim uma melhor qualidade de vida, se preocupa com o desenvolvimento motor, psicológico, cognitivo, sensorial, afetivo, individual e social.

A Terapia Ocupacional é indicada para:

  • Bebês e crianças que não brincam, que apresentam atraso no desenvolvimento;
  • Crianças com dificuldade na coordenação motora fina e global;
  • Famílias que precisam de ajuda para compreender e lidar com a pessoa que apresenta alguma disfunção;
  • Pessoas que sofreram danos no cérebro ou em outra parte do corpo que precisam aprender ou reaprender a realizar atividades cotidianas e profissionais de forma mais independente possível;
  • Adultos que queiram reorganizar a sua vida a partir de um planejamento e prática de ações que promovam seu bem estar físico, psíquico e social;
  • Idosos que trazem prejuízo em funções intelectuais como memória, atenção, orientação temporal e espacial, percepção visual, organização visuomotora e operações de raciocínio;
  • Grupos em risco de exclusão social por diversos fatores: condições sócio econômicas, desestruturação do núcleo familiar, alterações psíquicas, intelectuais ou sensório motoras, dependência química, entre outras;
  • Avaliação do ambiente domiciliar e orientação a realização de adequação ambiental, com o objetivo de prevenir acidentes como quedas e deixar o ambiente mais funcional.

 

O objetivo do tratamento de terapia ocupacional depende das prioridades do paciente e dos problemas identificados na avaliação inicial feita pelo terapeuta. Na avaliação é considerado o contexto onde o paciente vive, as condições sócio econômicas, histórico da patologia ou dificuldade apresentada, condições cognitivas, motoras e sensoriais, e desempenho nas atividades ocupacionais. A partir disso é traçado o plano de tratamento e a análise das atividades que serão utilizadas durante os atendimentos.

Não existe um número exato da quantidade de atendimentos a ser realizados com cada paciente, cada ser é tratado individualmente com suas especificidades.

Stella M. Demartini Lara

Terapeuta Ocupacional

Crefito 10:14979-TO